sexta-feira, 29 de maio de 2009

Eleven She


Dois sorrisos

Dançam pelo caminho

Voam como pensamentos de uma só ideia.

Ás vezes parecem irmãos, outras vezes só parece!

Aos passos do passado e do futuro

Seguem...

Com lembranças do filme, da música, do dia primeiro.

Sorriem e cantam alegria!

Sinestesia...

Vejo o pulsar das palavras, belo sentido!

Sinto o tocar do cheiro, inebriante!


Muitas cores sobre vós.

Talvez o tempo, o ar em movimento guie seu percurso.

Alguém disse:

- Você tem o livre arbítrio!

Por que esperar mais?

Não faz sentido!!!

É uma linda orquestra sinfônica!


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sobre sua dor


A dor

A perda

O pouco que sobrou

De certo ao incerto revelou-se o destino

Ouvimos o cantar dos pássaros

Trazendo cânticos e lindas estórias dos céus

Interpretados por anjos e crianças felizes

De fato...

É de Deus tudo aquilo que não se pode ver!

Dizem que a fé move montanhas

Mas o amor cura a maior das insanidades

Dele é proveniente a paciência

Virtude dos que muito escutam e pouco falam

Paciência pode ser sinônimo de esperança

E a esperança é a última que morre!

Lembre-se dos que te amam,

Sinta o ar da esperança,

Cultive a fé,

Exercite a paciência.

Um espírito nunca morre

Se transforma em energia e toda energia se renova dando vida à outra vida

Dessa forma a dor fica mais inteligível

E como sonsequência o amor torna-se claramente perceptível!!!

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” Coríntios 13:4-7

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Do acaso fez-se o destino


De tempos em tempos refletia sob a luz um vazio da qual não tinha nome. Vagava sob o tempo uma mente inquieta e pouco contente. O tempo voltava em forma de lembranças boas do passado. Recordava as músicas, lembrava o rosto, gestos sinceros. Na época não conhecia o significado de vazio, nem ao menos conhecia a palavra inquietude. Percebia apenas o medo que sentia. Tal sentimento cego e desprovido de sensatez aparentava frieza, mas não. Não era nada disso. Ele nunca entenderia, mas nem mesmo o amor, nem isso a faria ficar. Trinta dias passaram deixando só as dúvidas, interrogações em forma de reticências, situações mal resolvidas. Com o tempo a aparente frieza foi congelando o acaso e já não havia mais calor nos dias vividos. Em meio às chuvas de dezembro ele se foi para não mais voltar. Enquanto ela escolhia seu caminho e esperaria o vento soprar. Nas fotos, nos versos buscava entender onde havia errado. Lembrou-se do medo. Tentou após anos explicar. Estariam ambos mais experientes e pacientes. Entenderia desta forma? Perguntou. As respostas vieram devagar. Mas enfim chegaram. As lembranças preencheram o vazio e com ele foi-se o medo. Estranho. Durante bom tempo ambos realizavam-se em outros planos, aspiravam outros desejos, procuravam, fitavam outros rostos a preencher seus vazios. E exatamente após onze anos ali estavam. Ambos sorrindo, leves, soltos e esperançosos. Cheios de vida, boas recordações dos tempos do medo e perplexos com o retorno intrigante. Em que haveriam de acreditar? No acaso, no destino ou na mera coincidência de dois corpos que andavam translúcidos deixando-se atravessar pela luz. Não se permitiam enxergar de fato o mundo animado. Mas ao menos deixavam-se atravessar pela luz. Passado o tempo só restava tentar não pensar muito e viver a condição de sentir o agora, planejar o depois sem hesitar por medo de errar, pois dessa vez não existiria espaço para conjecturas e o que sobrava era vontade de dar certo. Ambos eram atores da mesma peça teatral. Dois lados da mesma moeda. Dois pensamentos de uma só lógica. Lembranças idênticas do mesmo filme. Sentidos aguçados na mesma nota musical. Palavras faladas antes mesmo o pensar do outro. Desta forma, seguiam alegres e certos do advir do tempo. Estavam próximos a dias de sol.